Delicadamente composto, o romance mostra o envolvimento gradual entre dois personagens cuja comunicação se dá instintivamente. Enquanto Thibault pode conversar e incentivar Elsa a retomar o domínio de suas ações, a jovem ouve, percebe e sente toques em seu corpo, mas não tem como comunicar seus desejos e anseios. Os dois passam a se conhecer tanto pelo que transmitem um ao outro – Thibault em suas confidências, Elsa tentando demonstrar que corresponde a seus estímulos – quanto pelo que os amigos da montanhista comentam a respeito do rapaz ou falam a ele sobre Elsa. Junto da moça em coma, Thibault sente-se tranquilo e protegido da revolta contra o irmão, internado em estado grave no mesmo hospital. Elsa, embora cercada pela família e por amigos, se entusiasma com a ousadia de Thibault, que não se acanha em beijá-la. E quando os parentes discutem a possibilidade de desligar os aparelhos que a mantêm viva, é com ele que Elsa conta para lutar por sua própria sobrevivência.
Narrado em primeira pessoa, alternando os relatos dos dois protagonistas, Clélie Avit consegue abordar problemas universais e atuais, como eutanásia, violência no trânsito e alcoolismo. As novas famílias urbanas também se superpõem aos laços biológicos. Thibault acompanha a mãe ao hospital, mas se recusa a enfrentar a situação do irmão, à beira da morte por um desastre causado por irresponsabilidade.
Opinião:
Um livro que eu adorei ler.
Um romance diferente , Elsa é uma jovem em coma, e os médicos querem desliga-la dos aparelhos.
Thibault tem o irmão no hospital vitima de um acidente e que envolveu a morte de duas jovens.Thibault não consegue lidar com esta situação e durante as visitas da mãe ao irmão ele esconde-se acidentalmente no quarto de Elsa.Vai falando com a jovem e começa a haver uma ligação entre os dois.Elsa está em coma e não reage, mas está ciente de tudo o que se passa á sua volta e também ela começa a sentir uma ligação com Thibault .
Um livro muito bonito.
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