Eve Petworth escreve-a com o objetivo de felicitar um dos seus escritores favoritos.
Jackson Cooper lê-a e, embora tenha tudo o que um escritor de fama mundial possa desejar, sente uma ligação imediata com a sua autora. Algo que, percebe então, o sucesso e o dinheiro não compram.
Não se conhecem pessoalmente e têm pouco – ou mesmo nada – em comum. Eve é inglesa e vive voluntariamente enclausurada em casa. O mundo fora de portas angustia-a. As relações sociais paralisam-na. É uma romântica que se condenou à solidão.
Jackson é americano e vive rodeado de pessoas, principalmente mulheres. Mas ninguém consegue ajudá-lo a ultrapassar o bloqueio criativo que o atormenta secretamente. É um artista sem rumo.
Em jeito de evasão, Jackson transfere o seu impulso criativo para a cozinha. Infelizmente, a sua nova namorada é vegetariana e pouco dada a devaneios gastronómicos. Essa é uma lacuna que Eve está mais do que habilitada a preencher, dada a energia que dedica às mais delicadas e complexas iguarias. E quando trocam receitas e segredos culinários, a distância entre ambos quase se extingue. Uma distância que é simultaneamente reconfortante (para Eve) e tentadora (para Jackson).
O escritor está disposto a arriscar quebrar a magia que esta improvável amizade trouxe à sua vida e propõe um encontro na cidade mais gourmet do mundo: Paris.
Não podia saber que a ansiedade patológica de Eve torna esse sonho impossível.
Opinião:
Um livro simpático , entre uma leitora e o seu autor preferido, que irão comunicar basicamente por cartas.
Sem conhecerem-se pessoalmente vão falar das suas vidas, e chegados aos 50, tem muitas interrogações do que foi o seu passado, e de como irão continuar as suas vidas no futuro. Quebrar a monotonia e o medo no caso de Eve a leitora ou encontrar um novo rumo na sua escrita e vida no caso do autor.
Uma leitura cativante.
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